sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os Efeitos da Crise Global na Empregabilidade dos Estados



O Brasil é um país muito grande e ainda com enorme espaço para crescimento com o mero preenchimento de fronteiras econômicas não ocupadas. Por isso, quando o país enfrenta problemas sérios de dinâmica econômica, isso necessariamente não significa redução do número de empregos formais disponíveis.

Entretanto, como tivemos uma evolução demográfica bastante acelerada até a década de 80 (crescimento da população acima de 2% ao ano) o número de pessoas com idade para entrar no mercado de trabalho vem crescendo, hoje, dentro dos parâmetros da natalidade de duas décadas antes (aproximadamente).

Sendo assim, mesmo que de um ano para outro a disponibilidade de empregos aumente, isso não signifique que as necessidades de ocupação dos trabalhadores do país esteja saciada.

E nos primeiros sete meses de 2009, observamos uma brutal queda na geração líquida de postos de trabalho formal (admissões menos demissões), o que redundou no aumento do desemprego no país.

São Paulo, por exemplo, gerou 192 mil posições com carteira assinada no decorrer desse ano, frente 641 mil no mesmo período de 2008. Ou seja, a vitalidade empregatícia da economia paulista foi de apenas em 30% relação ao período comparativo. Na verdade, a locomotiva econômica do Brasil foi o quarto estado de maior frustração de empregabilidade, como é possível verificar na última coluna da tabela abaixo.


Minas Gerais, Amazonas, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo e outros estados de forte base industrial também tiveram impactos bastante sérios. Mas das maiores economias do país, as principais dificuldades ocorreram no Rio Grande do Sul que gerou, em 2009, apenas 6,12% dos empregos formais registrados em 2008. Isso se deve a maior exposição do Estado à crise global pela sua tradição exportadora, associado à velha tecla do problema cambial que simplesmente dinamitou possibilidades de internacionalização de segmentos tradicionais, como o calçadista de grande intensidade do uso de mão-de-obra.

Mas de uma forma geral, os estados mais afetados pela desaceleração econômica foram os de maior grau de industrialização e intensidade de turismo internacional, como o Rio Grande do Norte.

No presente momento, Rondônia é que não tem do que reclamar. Foi a única unidade da Federação, cuja empregabilidade aumentou no período em análise. Provavelmente, a aproximação das obras de construção de usinas hidrelétricas ao longo do Rio Madeira tenham alavancado essa situação privilegiada







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