A
Real Questão Energética
No início de fevereiro
encher o tanque dos carros ficará mais caro por conta do aumento da tributação sobre
combustíveis. Até abril - se o governo federal não voltar atrás - o litro da
gasolina ficará R$ 0,22 mais caro e o do diesel aumentará R$ 0,16.
Sendo comedido nas palavras,
não se pode deixar de dizer que isso é uma BAITA BESTEIRA!
Em termos mais superficiais,
é incabível o Brasil estar aumentando o preço do energético quando no mercado
internacional o preço do barril de petróleo caiu, em Reais, pela metade nos
últimos 12 meses. Pela lógica, deveríamos estar pagando menos de R$ 2,00 por
litro de gasolina e estaremos encarando dentro de algumas semanas um preço bem
superior a R$ 3,00. Revoltante, não?
A situação fica pior ainda
se lembrarmos os motivos do tarifaço. O governo federal gastou mais do que
devia e “precisou” aumentar sua receita para cobrir os buracos orçamentários (também
não é de se desprezar a necessidade de recuperação de caixa da Petrobrás por
conta dos achaques dos últimos anos). E quem paga? O contribuinte, é claro.
O
problema dessa operação tapa-buraco dos cofres públicos é que ela,
provavelmente, vai dar errado.
A verdade é que qualquer
sociedade que pretende se desenvolver necessita de uma coisa antes dos
tradicionais pleitos de educação, segurança, saúde, etc. A primeira necessidade
é a energia, no seu conceito mais amplo.
Veja bem, tudo em volta de
cada indivíduo depende da energia: a planta cresce; a indústria produz; o
transporte escoa; as lojas vendem; e mesmo as pessoas caminhando gastam
energia.
O fato é que quanto mais
abundante e barata for essa energia, mais fácil é prosperar. Sendo assim, a
recente alta da eletricidade e a vindoura majoração dos derivados de petróleo
acabará tornando o processo econômico mais difícil, diminuindo as perspectivas
de expansão da produção.
Com isso, a base tributária
do próprio governo ficará prejudicada e a encrenca fiscal tenderá a piorar. Em
resumo, a tentativa de arrecadar mais é um tiro que sairá pela culatra.
Melhor seria se os gestores
públicos se empenhassem em reduzir despesa ao invés de promover tarifaços, para
dar a chance de nossa pobre sociedade construir um futuro melhor.
Eduardo Starosta
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